Durante muito tempo era comum encontrar nos projetos corporativos, tetos com gesso rebaixado. Hoje em dia essa tendência tem diminuído, e as instalações passaram a ficar aparentes como um conceito no perfil da empresa.
A utilização de teto rebaixado ainda oferece uma série de vantagens e, de acordo com as necessidades do cliente, se torna a melhor opção. Custo baixo, melhor acústica, padronização, aplicação de sancas e placas removíveis são características próprias do rebaixo de gesso. Sendo necessária uma avaliação no local da altura disponível, a presença de vigas e o pé direto final acabado, para que o projeto tenha o efeito desejado.
Confira outros benefícios em usar teto rebaixado:
Teto rebaixado com sanca | Projeto: Casa3 Arquitetura.
Iluminação
Podem dar um charme especial aos ambientes, deixando-os mais elegantes e bem-acabados. Além de ser uma alternativa viável e simples para a reforma do teto, o rebaixamento pode ajudar na redistribuição da iluminação, deixando-a mais eficiente. Sancas e cortineiros também podem ser executados no teto de gesso.
Esconde imperfeições
É comum usar tetos rebaixados para esconder as imperfeições das lajes de concreto ou tubulações aparentes que não tenham uma aparência estética agradável.
Acústica
O teto rebaixado pode ter aplicação de placas acústicas moduladas, que por serem removíveis, permitem o acesso às instalações no entre forro.
Sala de Conferencia com rebaixo e placas acústicas | Projeto: Casa3 Arquitetura.
Medida ideal
Não existe uma medida ideal, mas aconselha-se que o rebaixo do teto com gesso seja de no mínimo 20 centímetros, que é suficiente por exemplo para a criação de sancas, instalações de luminárias e passagem de fios e dutos.
É importante não exagerar no rebaixamento, pois um imóvel com pé direito menor que 2,5m pode parecer apertado ou pequeno demais, dependendo do espaço.
Cuidados necessários
Antes de executar o trabalho de rebaixo de gesso, chame um eletricista para distribuir corretamente a fiação elétrica e cabos de som. O mesmo para as instalações de ar condicionado, no caso de split ou cassete.
Além disso, para fixação correta de lustres ou grandes luminárias, é necessário fazer um reforço no gesso para ele não se danificar (ou até cair) devido ao peso da peça. Atirantá-las direto na laje também é uma alternativa.
Já para o conceito de instalações aparentes, essas propriedades não se aplicam. Nesse caso o perfil da empresa deve ser menos formal, tomando partido de um pé direito alto. O fato de termos essas instalações aparentes, se faz necessário que elas estejam bem executadas, isso é, alinhadas, niveladas e esquadrejadas, tornando na maioria das vezes um custo mais alto.
Nesse caso é importante ter todos projetos complementares compatibilizados para que as interferências existentes sejam resolvidas antes da execução.
Para resolver o problema de acústica no teto aparente uma das opções é o uso de placas acústicas, que têm o efeito de absorver o ruído. Podem ser coladas na laje, ou suspensas por cabos de aço e tirantes. Conhecidas como “nuvem” na horizontal ou “buffle” na vertical, a variedade de tamanhos e cores permite inúmeras opções de aplicação.
É importante também verificar se o produto atende as normas da ABNT.
Aplicação de nuvem acústica em teto aparente | Projeto: Casa3 Arquitetura.
Não existe certo nem errado, todas as opções devem ser analisadas no local a ser executado e de acordo com as necessidades do cliente. Além disso, podem ser aplicadas as duas situações no mesmo projeto. Salas de reunião, circulação, staff, áreas de descompressão e longe, exigem níveis variados de ruído e iluminação, que podem ser solucionados com aplicação da opção adequada.
Opção mista rebaixo nas salas e teto aparente no staff | Projeto: Casa3 Arquitetura.